A Segunda Vinda do Senhor Jesus

 Estudos Bíblicos Dirigidos

Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.

As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas.
E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.
Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos.
E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.

Mateus 25:1-13

 O título deste estudo é: "A Segunda Vinda do Senhor Jesus", e a lição principal enfatiza: "O crente deve estar alerta, aguardando com expectativa esse grande acontecimento".

O período de transição para um novo milênio costuma evocar um clima escatológico. 

Desde 1999, houve uma certa expectativa de "fim do mundo" em alguns contextos. Não são raros os profetas excêntricos que marcam datas específicas para o término da história humana, baseando-se em cálculos ou revelações que invariavelmente resultam em fracassos frustrantes. 

Diversas seitas já tentaram prever a volta de Jesus, mas todas falharam, ignorando a advertência clara do Mestre: "Somente Deus conhece o momento da sua vinda."

A lição de hoje nos convida a refletir sobre a volta de Jesus. Ao retornar para o Pai, Ele deixou no coração de todos os seus seguidores um desejo ardente de revê-lo. Assim, a grande questão que enfrentamos é: Como a promessa do retorno de Jesus impacta nossas vidas hoje?

É possível observar que muitos de nossos vizinhos sequer refletem sobre esse tema. Talvez, entre os que nos escutam, alguns não tenham sequer pensado na promessa de que "Jesus vem" ao longo de toda a semana passada.

O Estopim da Parábola

Jesus, antes mesmo de voltar para o céu, já anunciava que voltaria outra vez. Sua segunda vinda será em poder e glória, bem diferente da sua primeira vinda. Nos dias em que caminhou pelas estradas empoeiradas da Palestina, Jesus era o "servo sofredor" anunciado pelos profetas. Olhavam para ele e achavam-no fraco e impotente. Não davam nada por Ele.

A sua volta, entretanto, será diferente. Todos o verão e reconhecerão nele o Rei do universo. Naquele glorioso dia irá acompanhado de anjos e dos salvos que já terão morrido. Será uma cena impressionante. 

Quando isso acontecer, todas as oportunidades acabarão. O destino de todas as pessoas já estará definitivamente fechado. Com o juízo que se seguirá, virá imediatamente vida eterna ou perdição eterna. 

Vida para os seus filhos, perdição para os que o negaram. Quando isso acontecerá? Essa não é apenas uma pergunta nossa. Os primeiros discípulos já perguntavam sobre isso. A parábola das dez moças surgiu para responder a essa indagação, não datando os eventos, mas falando da maneira como se deve esperar pelo grande acontecimento. 

Esta é mais uma parábola em que o evangelista não deixou explícita a pergunta que a detonou, o que não representa grande problema, já a própria parábola revela para nós.

A Parábola Recontada

A parábola das dez moças é uma das mais marcadas por elementos culturais da época de Jesus. Nela, vemos uma situação incomum para os dias atuais: 

dez moças aguardando um único noivo. Embora a poligamia fosse culturalmente aceitável em tempos antigos, ela já havia caído em desuso entre os judeus, permanecendo apenas no imaginário popular.

Na história, as jovens esperam o noivo à noite, no dia do casamento, para serem levadas à festa, que provavelmente aconteceria na casa do pai do noivo. Era comum, naquela época, o noivo sair à meia-noite acompanhado de amigos, carregando tochas acesas, para encontrar as moças. Juntas, fariam uma cerimônia iluminada por tochas, um espetáculo tradicional e simbólico.

Para iluminar os espaços abertos, utilizavam-se tochas alimentadas com líquidos inflamáveis. Cada moça possuía uma tocha, mas apenas cinco delas estavam prevenidas com combustível suficiente. 

As tochas tinham autonomia de cerca de 25 minutos, o que sugere que o noivo chegou logo após as moças despreparadas saírem em busca de mais óleo. Ao encontrá-las ausentes, o noivo seguiu com as preparadas e as levou para a celebração.

Por que o noivo excluiu as cinco que se atrasaram? Para entender, é importante considerar que os casamentos daquela época diferiam muito dos atuais. Em geral, eram arranjados pelos pais, muitas vezes com propósitos comerciais ou políticos. Assim, não era incomum que o noivo conhecesse suas esposas apenas no momento da cerimônia, sem qualquer vínculo afetivo prévio.

Essa falta de conexão emocional pode explicar a reação severa do noivo ao atraso das jovens, interpretando-o como um desrespeito grave. Contudo, esses detalhes culturais não são o foco principal da parábola. 

O objetivo de Jesus era destacar a importância da vigilância e da prontidão diante de sua chegada iminente, convidando seus ouvintes a estarem sempre preparados.

A Aplicação da Parábola

Da mesma forma que o noivo chegou inesperadamente, Jesus virá a qualquer momento. Tal como o ladrão que vem quando não é esperado, tal como o dono da vinha que veio e pegou os emprega- dos desprevenidos, a volta de Jesus é iminente.

Usemos um empregado preguiçoso como exemplo. Se ele sabe exatamente a hora em que o patrão vai voltar, não fará nada até poucos instantes antes dele chegar. Mas se o patrão disser que voltará a qualquer momento, ele trabalhará o tempo todo, para que não aconteça de ser pego em flagrante desperdício do tempo.

Jesus nos ensina com essa parábola que não se pode saber quando ele vai voltar. Sobre sua volta apenas uma declaração bem enfática é feita: ela acontecerá quando menos se esperar. 

Esse clima de alerta é benéfico para nós. É por causa dele que vivemos uma vida de vigilância. 

Nossos pensamentos, ações, desejos, valores devem ser condicionados pela certeza da realização iminente da promessa de Jesus, descrita com imagens fortes por Paulo em 1Ts 4:16-17: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebata- dos juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor."

1. Ensino da Parábola: Os sábios e os loucos contrastados. Os sábios, nascidos do Espírito, aguardam a volta do seu Senhor e estão prontos. Os loucos, surpreendidos, ficam excluídos. 

Jesus serviu-Se de incidentes familiares para frisar lições espirituais. Nosso dever é apanhar ensino, mas não ir além do ensino, imaginando semelhança que Jesus não referiu.

Um sucesso esperado. Um casamento. Uma ocasião de alegria festa. Para entrar em tamanho gozo valia a pena esperar, ainda que o noivo demorasse. Nós esperamos um momento mais glorioso: a Vinda do Salvador para Sua Igreja. 

Um privilégio oferecido a todos. Na parábola, ter parte nos prazeres do casamento; hoje, ter parte nos prazeres de Deus no céu.

Um preparo essencialEntão, lâmpadas acesas; e hoje A luz do Evangelho no nosso coração e na nossa vida. Você sente a falta de alguma coisa na sua vida, para poder encontrar-se com o Noivo celestial. Você tem óleo na sua lâmpada?

O preparo das virgens para se encontrarem com o esposo era, então, o azeite nas lâmpadas, uma figura do Espírito Santo. Qual é o preparo que nós necessitamos? 

2. O propósito das virgens: encontrar-se com o esposo dúvida um bom propósito. Quais são os propósitos que mais preocupam o pensamento humano? Alguns aspiram a, mais cedo ou mais tarde, encontrar-se com Cristo. 

3. A prudência das virgens. Notemos que havia uma aparente semelhança exterior entre elas, mas uma fundamental diferença íntima. Cinco prudentes, cinco loucas. Entre os ouvintes, quais são «prudentes

 4. A paciência das virgens. Havia uma demora inesperada, come também a Segunda Vinda de Cristo demora ainda, e essa demora serviu para descobrir a prudência das virgens. Em vós o decorrer dos anos descobre o quê?

5. O prêmio das virgens prudentes era entrar no gozo do esposo. Há galardão para o crente em Cristo: participará futuramente no gozo de seu Senhor.

6. A pena das virgens loucas era perder todo esse guzo. O remorso devido a bênçãos perdidas pode bem ser um dos principais castigos do impenitente.

7. A lição da parábola é «Vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora». Efeitos desta vigilância: a) guarda-nos de demasiada preocupação com interesses atuais; b) preserva-nos de desânimo pelas provações do momento; c) inspira-nos com uma grande esperança no porvir; d) preocupa-nos com Cristo, não como Sofredor, mas como Rei vindouro.

Aplicação aos ouvintes. Que lugar tem a Segunda Vinda de Cristo nos nossos pensamentos, desejos, orações? Lemos em I João 3.3 "qualquer que nele tem esta esperança, purifica-se». Tem feito isto?

A aplicação é dada pelo Senhor mesmo: "Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir». A Segunda Vinda de Cristo é um evento mais perto do que nunca. O dia sendo desconhecido, devemos antecipá-la todos os dias. Devemos pensar se nos falta alguma preparação para nos encontrarmos com Cristo.

Pr. Jakson de Souza Bragança

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