Comentário Teológico - A diferença entre o que serve a Deus e o que não serve.

O título deste estudo é:
"A diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não serve". Malaquias 3.18 -  (ACF)

Este versículo está inserido em um contexto onde Deus, por meio do profeta Malaquias, adverte e consola o povo de Israel, especialmente em relação à sua fidelidade ao Senhor. No capítulo 3, o profeta confronta práticas corruptas e falta de fé, mas também oferece uma visão de esperança ao destacar o vindouro juízo de Deus e a recompensa para os que permanecem fiéis.

Comentário Teológico

1. A Justiça Divina se Tornará Evidente
  
O versículo indica que haverá um momento em que Deus distinguirá claramente entre os justos e os ímpios. Isso reflete a justiça perfeita de Deus, que não é sempre perceptível na vida presente. Muitas vezes, os justos sofrem enquanto os ímpios prosperam, mas Deus assegura que no tempo certo a diferença será revelada de forma inequívoca.

2. A Fidelidade é Reconhecida por Deus  

   "Entre o que serve a Deus e o que não o serve" aponta para a importância da obediência e fidelidade. Este contraste destaca que Deus valoriza aqueles que vivem em aliança com Ele, seguindo Seus mandamentos e colocando-o como prioridade em suas vidas.

3. Um Chamado ao Discernimento 

O povo de Israel, no tempo de Malaquias, estava desanimado porque não via recompensas imediatas por sua fidelidade. Deus, por meio do profeta, os exorta a manterem a esperança e a discernirem a diferença entre um caminho de obediência (que leva à vida eterna) e um de desobediência (que resulta em julgamento).

4. Ecos Escatológicos  

Este versículo também pode ser entendido como apontando para o Dia do Senhor (mencionado em Malaquias 4), quando haverá separação definitiva entre os que pertencem ao Senhor e os que não. A mensagem carrega uma dimensão escatológica: a justiça final de Deus será plenamente revelada no fim dos tempos.

5. Conexão com o Novo Testamento
 
   Jesus retomou essa ideia em suas parábolas, como a do joio e do trigo (Mateus 13:24-30, 36-43) e a separação entre ovelhas e bodes (Mateus 25:31-46). A mensagem de Malaquias 3:18 é ampliada no Novo Testamento, reafirmando que Deus julgará todas as pessoas com justiça perfeita.

Aplicação Prática

- Fidelidade em Meio às Dificuldades 
 
Os cristãos podem se inspirar nesse versículo para permanecerem firmes em sua caminhada com Deus, mesmo quando enfrentam injustiças ou não entendem os propósitos divinos.

- Confiança na Justiça de Deus 

Este texto encoraja os crentes a confiarem que Deus é justo e que, no momento certo, recompensará os fiéis.

- Avaliação Pessoal
   É um convite para refletir: estamos vivendo como justos, servindo a Deus com sinceridade, ou nos aproximando mais do que "não serve a Deus"?

A lição principal parece ser que o justo e o ímpio se revelam pelo que falam. 
Podemos notar que em muitas coisas não há diferença entre crente e descrente. 
Na sua condição física, podem ser parecidos; na sua vida intelectual parecem semelhantes, mas o crente tem outros assuntos de conversa que os descrentes não têm. 
Os Crentes testificam do seu Salvador e da vida espiritual.

Podemos usar as seguintes divisões:

1. O impio fala, neste trecho, fazendo perguntas insensatas a Deus, que revelam insensibilidade espiritual.  Ele pergunta:Que temos falado contra ti? Vv.13

a) Que tem falado contra Deus?  Vós tendes dito: Inútil é servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos Exércitos? Ora, pois, nós reputamos por bem aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade são edificados; sim, eles tentam a Deus, e escapam. Vv.14, 15

b) Em que precisa voltar para Deus?Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?  Vv. 7

b) Em que tem roubado a Deus? Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Vv.8 

Deus responde que o roubo foi no dízimo, que Ele derramará uma grande bênção sobre quem é fiel em devolver o dízimo; que as colheitas serão abundantes; que Israel será uma terra deleitosa.

d) Que lhe aproveitou ter tomado cuidado? - Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Vv. 9


2. O justo: 

Esse-que teme ao Senhor e o serve, fala assim:   Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; e o Senhor atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o Senhor, e para os que se lembraram do seu nome.(Vv. 16)  

Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve. (Malaquias 3.18)

a) Conversa com seu próximo sobre o temor do Senhor; falaram frequentemente um ao outro;

b) Sobre a conveniência de render ao Senhor o que é DELE: o dízimo;

c) Abundantes bênçãos da obediênciaTrazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. (Vv.10)

d) Uma salvação de DeusE por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. (Vv.11)

3. Como Deus considera a fala dos justos: Três versículos ocupam-se com isto; 

- Ficamos sabendo que Ele atenta e ouve; 
- Que tem um memorial escrito a esse respeito; 
- Que os contempla como seu tesouro; 
- Que há de os poupar talvez no sentido de proteger de males; 
- Que fará diferença entre eles e os ímpios; 
- Diferença em seu estado, seu aspecto, seu destino.

Hoje podemos dizer que o grande assunto do testemunho do crente é Cristo: 

- Sua revelação do amor de Deus; 
- Sua obra expiatória; 
- Sua graça salvadora atual; 
- Sua volta em breve.

Aplicação. O Dízimo é imemorial. É muito antes da Lei de Moisés. Dízimo é uma questão de Fé e não uma obrigação. 

- Você é dizimista? Por quê? - Não se paga o Dizimo, se entrega ao Senhor. Se você está pagando é porque está devendo.
- Tem provado a bênção de Deus em coisas materiais? 
- Tem achado proveito em guardar os preceitos de Deus? 
- Fala muito do Senhor? 
- Com quem tem mais conversa em assuntos espirituais?



Pr. Jakson  Souza Bragança

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