O Cristianismo como uma Nova Vida

Gálatas 2.20

Podemos contemplar a bênção do Evangelho de diversas maneiras: como um perdão do nosso passado pecaminoso; como uma salvação do domínio do mal; como uma esperança de um porvir de felicidades: mas este versículo a contempla como uma vida nova, resumida na frase "viver para Deus».

O versículo nos ocupa com dois aspectos da carreira de Paulo: o seu tempo passado e o seu tempo presente.

A sua vida antiga tinha como centro o «Eu», como se dá com todos os descrentes. Todos os seus planos, todas as suas esperanças, todos os seus motivos se ligavam com a sua própria pessoa. Mas essa vida findou, e de uma maneira notável. Ele diz: Estou crucificado com Cristo»!

Ele podia ter pensado na cruz de Cristo de várias maneiras:  

Como a base do seu perdão, como meio do seu parentesco espiritual com o PAI, como garantia da sua eterna felicidade futura.

Mas aqui ele contempla sua vida como o fim judicial de sua vida passada, a sentença de morte passada,. A pena aplicada sobre Jesus em favor dos homens maus. Ele reconhece ter toda a possibilidade de sentença do Justo Juiz sobre sua vida. Então ele diz: Estou crucificado com Cristo.

E nós também temos o privilégio de contemplar o termo de toda a nossa vida pecaminosa na cruz de Cristo. Mas não é suficiente que contemplemos o fim de uma vida de pecado. A vida anterior terminou para que a vida presente pudesse começar. 

A borboleta nem sempre era borboleta. Começou como lagarta, arrastando-se sempre pelo chão, mas quando terminou a sua vida de lagarta, não era para morrer, mas para que ela pudesse provar uma vida nova, voando nos ares do céu.

A vida do crente tem duas caracteristicas, uma é a vida nova em contraste evidente com a vida anterior. com novos motivos, novos propósitos, novos poderes, nova conduta, novo espirito; e é uma vida de Fé. Uma vida que procura seu poder fora de si mesmo.

Este aspecto da vida cristă merece algum estudo mais demorado. A vida natural não é de fé em Deus. A pessoa conta consigo mesmo, com as suas forças, com o seu dinheiro, talvez com a sua astúcia,  mas não conta com Deus. Mas o crente tem aprendido a desconfiar de si mesmo e a olhar para Cristo como a sua única esperança.

Devemos notar como o Salvador é contemplado neste versiculo. Não como Jesus, não como Senhor, mas como o Filho de Deus que me amou...

Em Efésios 5.25, Cristo amou a igreja e Se entregou por ela. Aqui é o individuo com o mesmo amor e o mesmo dom.

Na fé desse amor divino, desse dom sublime, o apóstolo vivia. Essa convicção, essa certeza, coloria toda a sua vida. Essa sublime verdade explicava todas as suas ações.


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