Quem tem uma mensagem de Deus não pode ficar calado

A Intrepidez de Pedro e João perante o Sinédrio

   Atos 4.1-20

Na introdução o pregador pode notar que é natural falar de tudo que interessa nossos semelhantes. *Da abundância do coração a boca fala*. Não podemos conter uma boa notícia. Entendemos que a mensagem do Evangelho é de urgente interesse para todos.

Podemos usar as seguintes divisões:

1. A prisão. Três cousas motivaram a prisão dos apóstolos: intolerância religiosa, animosidade política, incredulidade racionalista. Podemos notar que ainda hoje os mesmos motivos promovem perseguições.

E, estando eles falando ao povo, sobrevieram os sacerdotes, e o capitão do templo, e os saduceus, doendo-se muito de que ensinassem o povo e anunciassem em Jesus a ressurreição dos mortos. E lançaram mão deles e os encerraram na prisão até ao dia seguinte, pois era já tarde. (Versos 1 a 3)

Notemos a atitude dos servos de Deus em face da inimizade dos judeus. Mostraram convicção, coragem, amor ao próximo, persistência em testemunhar do Evangelho. Perante os inimigos manifestaram submissão, resignação, ousadia em testificar.

2. A Interrogação foi dirigida por certas notabilidades religiosas - Anás, Caifás, João (talvez um filho de Anás) e Alexandre (referido pelo historiador Josefo como uma pessoa de destaque). Notemos:

E aconteceu, no dia seguinte, reunirem-se em Jerusalém os seus principais, os anciãos, os escribas, e Anás, o sumo sacerdote, e Caifás, e João, e Alexandre, e todos quantos havia da linhagem do sumo sacerdote. E, pondo-os no meio, perguntaram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto? (Versos 5 a 7)

a) A indagação dos juízes referente ao poder ou autoridade com que fizeram o milagre da cura.

b) A resposta de Pedro: primeiro uma afirmação (8-10), e então uma interpretação (11-12) do milagre. Pedro é sábio em valer-se da ocasião para testificar do Cristo.

3. A Consulta - Pedro, João e o homem curado são retirados enquanto os juízes consultam. 

a) Notemos os fatos admitidos (com pouca vontade) pelos juízes: que houvera um milagre notável: que era impossível negá-lo; que o interesse eclesiástico requeria ocultar o milagre o mais possível; que ameaças geralmente ser- vem para fazer calar bocas inconvenientes.

b) Os inimigos enfrentaram o problema: que faremos com estes homens?

Confessaram que era impossível obedecê-la, porque não podiam deixar de falar; afirmaram a sua resolução de testemunhar do seu Salvador.

Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus. (Atos 4.13)

c) Notemos de passagem, o preparo para a ministério da parte dos apóstolos: não estudos profundos, não sabedoria humana; não letras e nem títulos, mas haviam estado com Jesus. E ainda hoje isso é o melhor preparo.

4. A proibição: «que absolutamente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus.

Todavia, mandando-os sair fora do conselho, conferenciaram entre si, dizendo: Que havemos de fazer a estes homens? Porque a todos os que habitam em Jerusalém é manifesto que por eles foi feito um sinal notório, e não o podemos negar; mas, para que não se divulgue mais entre o povo, ameacemo-los para que não falem mais nesse nome a homem algum. E, chamando-os, disseram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus. (Versos 15 a18)

a) Uma proibição insensata, porque não tinha motivo. 

b) Uma proibição inimiga, porque havia de privar o mundo da sua única esperança.

c) Uma proibição impossível, porque quem tem provado a graça salvadora de Cristo não pode ficar calado.

d) Vemos como os apóstolos trataram a proibição: mostraram que era injusta, porque importava uma desobediência a Deus; 

Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido. (Atos 4. 19)

Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens. (Atos 5:29)

Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Principais do povo e vós, anciãos de Israel, visto que hoje somos interrogados acerca do benefício feito a um homem enfermo e do modo como foi curado, seja conhecido de vós todos e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dos mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.(Versos 08 a11)

e) O resultado da Intrepidez dos Apóstolos - Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil. (Atos 4.4)

E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. (Atos 4:12)

Conclusão. Você tem provado a graça salvadora de Cristo? Sente o desejo de testificar dEle? Tem sofrido pelas proibições dos homens?

Pr. Jakson Souza Bragança

Vídeo - https://youtu.be/_omoFLnXc-U