O Livramento de Israel

A passagem pelo meio do mar

10 E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram seus olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel clamaram ao Senhor.
11 E disseram a Moisés: Não havia sepulcros no Egito, para nos tirares de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos fizeste isto, que nos tens tirado do Egito?
12 Não é esta a palavra que te temos falado no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto.
13 Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre.
14 O Senhor pelejará por vós, e vos calareis.
15 Então, disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.
16 E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco.
17 E eis que endurecerei o coração dos egípcios para que entrem nele atrás deles; e eu serei glorificado em Faraó, e em todo o seu exército, e nos seus carros, e nos cavaleiros,
18 e os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando for glorificado em Faraó, e nos seus carros, e nos seus cavaleiros.
19 E o Anjo de Deus, que ia adiante do exército de Israel, se retirou e ia atrás deles; também a coluna de nuvem se retirou de diante deles e se pôs atrás deles.
20 E ia entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; e a nuvem era escuridade para aqueles e para estes esclarecia a noite; de maneira que em toda a noite não chegou um ao outro.
21 Então, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas.
22 E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram como muro à sua direita e à sua esquerda.
23 E os egípcios seguiram-nos, e entraram atrás deles todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros, até ao meio do mar.
24 E aconteceu que, na vigília daquela manhã, o Senhor, na coluna de fogo e de nuvem, viu o campo dos egípcios; e alvoroçou o campo dos egípcios,
25 e tirou-lhes as rodas dos seus carros, e fê-los andar dificultosamente. Então, disseram os egípcios: Fujamos da face de Israel, porque o Senhor por eles peleja contra os egípcios.
26 E disse o Senhor a Moisés: Estende a tua mão sobre o mar, para que as águas tornem sobre os egípcios, sobre os seus carros e sobre os seus cavaleiros.
Êxodo 14.10-31


O assunto principal do estudo pode ser Livramento da escravatura e o mesmo Deus que libertou Israel do Egito, quer nos livrar a nós de escravatura, ao pecado e ao mundo.

Pode referir-se aos três lugares que simbolizam o mundo pecaminoso: 

- Egito, figurando a satisfação carnal e material que até um escravo gozava (Nm 11.5);

- Babilônia, um símbolo da vaidade e grandeza do mundo (Is 7.21) 

- Sodoma, representando a corrupção, carnalidade e imundície do mundo (Gn 13.13; Is 3.9; Ap 18.9).

Notemos a diferença entre um povo escravizado e um povo libertado do Egito.

Vamos usar as seguintes divisões:

1. A salvação de Deus necessitada. Notemos as circunstâncias em frente, um mar intransitável: atrás, um exército inimigo, no meio, um povo indefeso.

Notemos

a) E muito natural cada um contar com o recurso que tem em si. Quando sente a sua insuficiência, começa a olhar para seus vizinhos e pedir seu auxílio. Em último recurso, ele faz seu apelo a Deus.

b) O propósito divino era consolidar as diversas tribos de Israel em uma nação homogênea, com unidade de pensamento, propósito, aspiração e culto. Isso Ele efetuou por meio das duas provações do Egito e a grande salvação do mar Vermelho.

c) Deus permite-nos enfrentar provações que parecem além do nosso poder, para aprendermos a recorrer a Ele como nosso Salvador e provar a Sua suficiência.

d) Deus quer que aprendamos que o mundanismo que nos rodeia é hostil à nossa vida espiritual, mas que com Ele há salvação.

2. A salvação de Deus Implorada. Israel, mediante seu chefe Moi- sés, recorre a Deus em oração. Podemos dizer que isso era o começo da sua salvação. Isso importa em

a) Algum ensino anterior, que Deus ouve e responde à oração. Quantos de nossos vizinhos carecem inteiramente desse ensino!

b) Alguma experiência de resposta a orações passadas. Deve- mos recorrer a Deus nas provações pequenas da vida, para ter- mos mais confiança nas grandes.

c) Uma convicção da bondade de Deus, e que Ele está disposto a valer a Seu povo. Temos esta convicção com muita certeza?

3. A salvação de Deus experimentada. Desta resultou:

a) liberdade do poder do inimigo. Na medida que entramos na realidade da salvação de Deus, temos liberdade do poder do mundo e do pecado.

b) gratidão ao seu Deus-Salvador.

c) submissão a Moisés, o capitão da sua salvação. Para conservar-se livre do mal, Israel necessitava obedecer seu capitão.

d) um cântico de louvor e adoração. É o primeiro cântico da Bíblia. Não há canção antes da redenção.

Conclusão. 

Pensemos que cada um de nós pode contar com a salvação de Deus. 
Quantas vezes você tem recorrido a Deus em algum aperto? 
Você conhece a Cristo como o Capitão da sua salvação?

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