Romance Apocalíptico - "O Último Mensageiro de Deus na Terra":
Quando o sol deixou de nascer pela quarta vez consecutiva, os homens já sabiam que algo antigo e terrível havia despertado. As águas recuaram, os ventos calaram-se e a terra começou a tremer sob os pés dos incrédulos. As profecias esquecidas nos pergaminhos queimados dos templos antigos falavam de um tempo em que o Criador, cansado da humanidade, enviaria um último mensageiro — não para salvar, mas para anunciar o fim.
Chamavam-no de O Silencioso, pois não pronunciava palavras. Seus olhos, como brasas acesas, bastavam para que multidões caíssem de joelhos. Sua presença provocava o colapso das máquinas, o silêncio das cidades, o desespero nos corações. Ele caminhava pelas terras devastadas, deixando um rastro de revelação e agonia.
A humanidade tentou detê-lo, chamando de loucura a sua vinda, enviando exércitos e armas que se desfaziam diante de sua presença. Mas ele não lutava. Ele apenas observava. E cada lugar por onde passava, flores morriam, crianças choravam sem razão, e os céus escureciam mesmo ao meio-dia.
Seu propósito era claro apenas para os que podiam ouvi-lo no espírito — os últimos puros, os últimos inocentes. Ele trazia o selo final, a última página do Livro da Criação. Com um simples gesto, iniciou o encerramento do tempo. As estrelas começaram a cair. O mar engoliu os continentes. E os anjos, que durante milênios observavam em silêncio, viraram o rosto, incapazes de assistir à última hora.
O Último Mensageiro não pediu fé. Ele não ofereceu esperança. Ele veio apenas para cumprir.
E quando tudo cessou — a dor, a luz, o som — restou apenas o eco de sua passagem, gravado nas cinzas do que um dia foi a Terra.
Perfeito. Aqui está a versão do texto com um estilo mais bíblico, com uma linguagem inspirada nas escrituras sagradas, repleta de solenidade, simbolismo e tom profético:
O Último Mensageiro do Altíssimo
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E sucedeu que nos dias do grande silêncio, quando as estrelas deixaram de cantar e os céus se fecharam como um livro antigo, o Senhor estendeu Sua mão sobre a Terra e falou com voz de trovão:
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“Eis que envio Meu último servo, aquele que trará o selo do fim, pois a medida da iniqüidade transbordou, e os clamores dos justos chegaram até Mim.”
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E veio o Mensageiro, não em carro de fogo, nem com trombetas, mas em passo lento, como o sopro da última vela antes de se apagar.
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Seu rosto era como bronze queimado, e em seus olhos havia o juízo de milênios.
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E por onde andava, a terra se rachava, as águas fugiam de sua sombra, e as bestas calavam-se, pois sabiam que o tempo dos homens havia se cumprido.
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Não havia palavra em sua boca, pois o tempo da pregação havia passado; restava apenas o testemunho.
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Os reis tremiam em seus tronos de ouro, e os exércitos desfaleciam diante dele como folhas levadas pelo vento.
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E muitos clamavam aos montes: “Cobri-nos!”, e aos vales: “Escondei-nos do olhar do Mensageiro do Altíssimo!”
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E ele erguia a mão, e com ela selava as nações, encerrando os livros e fechando os destinos.
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Pois assim falou o Senhor: “Não haverá outro depois dele, nem tempo, nem misericórdia. Este é o fim que Eu preparei desde os fundamentos do mundo.”
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E houve grande trevas sobre toda a Terra, e silêncio nos céus por meia hora.
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E então, o Mensageiro assentou-se sobre o monte consumido, e da sua boca saiu a última palavra: “Cumprido está.”
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E os céus se enrolaram como um manto, e os elementos se desfizeram em fogo, e os justos foram recolhidos como espigas maduras ao celeiro do Eterno.
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Mas os que zombaram da verdade, e os que amaram a mentira, foram deixados no pó do juízo.
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Assim terminou o tempo dos homens, e começou o eterno dia do Senhor.
O LIVRO DO ÚLTIMO MENSAGEIRO
Capítulo 1 – A Voz no Vazio
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No ano da grande quietude, quando o céu cessou de dar luz, eu fui tomado por um grande temor.
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Estava eu entre as ruínas dos homens, e vi que os rios não corriam, os pássaros não voavam, e o vento não sussurrava entre as árvores.
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Então, ouvi uma voz que vinha do meio da escuridão, como som de muitas águas, dizendo:
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“Filho do pó, escreve o que vês, pois eis que te mostrarei o fim que está selado desde o princípio.”
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E a terra tremeu debaixo de mim, e uma mão invisível escreveu no céu: “O Último Mensageiro vem.”
Capítulo 2 – A Visão do Mensageiro
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E olhei, e eis que um homem vinha do oriente, e seus pés não tocavam o chão, e seus olhos eram como relâmpagos.
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Em sua mão direita havia um livro selado com sete selos, e sobre sua fronte estava escrito: “Testemunha Fiel do Fim.”
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E os povos fugiam de diante dele, pois sua presença revelava os segredos dos corações.
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Os justos se curvavam em silêncio, mas os ímpios gritavam, dizendo: “Afasta-te de nós, ó espelho do Eterno!”
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Mas ele não falava, pois suas obras eram palavras, e seu caminhar, julgamento.
Capítulo 3 – O Tempo se Corta
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E ouvi o Anjo do Tempo clamar com grande voz:
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“Não haverá mais demora! O tempo foi contado, os dias medidos, e a hora chegou ao fim.”
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E um grande relógio suspenso entre os céus se quebrou, e os ponteiros caíram como estrelas.
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O dia não mais se sucedia à noite, e o tempo dos homens cessou como o fôlego de um moribundo.
Capítulo 4 – As Sete Vozes
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E o Último ergueu o livro com os sete selos, e a cada selo que quebrava, uma voz era ouvida:
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Primeira Voz: “Ai dos que acumulam ouro, pois seu ouro queimará como palha!”
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Segunda Voz: “Ai dos que fizeram das mentiras seu refúgio, pois a verdade os despirá!”
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Terceira Voz: “Ai dos reis e dos príncipes, pois seus tronos afundarão no pó!”
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Quarta Voz: “Ai das cidades que adoraram a si mesmas, pois cairão como torres de areia!”
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Quinta Voz: “Ai dos que esqueceram o nome do Eterno!”
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Sexta Voz: “Ai dos que mataram os profetas, pois verão a lâmina da justiça!”
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Sétima Voz: Silêncio. E no silêncio, o céu chorou.
Capítulo 5 – A Consumação
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Então o Último subiu ao monte ardente, e todos os céus se dobraram diante dele.
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E uma grande trombeta foi tocada, e os mortos ouviram, e os vivos caíram como mortos.
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E vi os livros sendo abertos, e cada alma foi pesada na balança da retidão.
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E o que era oculto tornou-se manifesto, e ninguém pôde esconder-se.
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Então, o Último falou pela primeira e última vez:
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“Cumprido está. O que era, não será mais. Eis que faço novas todas as coisas.”
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E os céus se enrolaram como um rolo, e a Terra foi consumida em fogo purificador.
Epílogo – O Novo Começo
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E vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra já não existiam.
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E o Último tornou-se o Primeiro, pois quem desce em juízo também se assenta para reger.
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E os que guardaram a verdade resplandeciam como estrelas eternas, e entre eles não havia mais choro, nem dor, nem separação.
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E o nome do Senhor foi conhecido como nunca antes:
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Justo. Terrível. Santo. Fiel. Eterno.
O LIVRO DO ÚLTIMO
Capítulo 6 – A Besta das Cidades
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E foi-me mostrada uma besta que se erguia das ruínas das nações.
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Tinha aparência de mulher adornada com pedras e ouro, mas seus olhos eram vazios, e sua boca, uma cova aberta.
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Chamavam-na A Besta das Cidades, pois de cada torre de vidro ela estendia seus tentáculos.
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E em sua testa estava escrito: "Eu sou o progresso que devora o espírito."
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Os homens se prosternavam diante dela, dizendo: “Ela nos deu luz, e conexão, e poder!”
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Mas a luz era engano, a conexão era prisão, e o poder, vazio.
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E o Último olhou para ela e disse: “Tua glória é fumaça, tua coroa, ferrugem. Serás desfeita com um sopro.”
Capítulo 7 – O Trono Vazio
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E fui levado em espírito ao alto monte da criação, onde jazia um trono feito de fogo e cristal.
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Mas o trono estava vazio, e em redor dele vinte e quatro anjos cobriam os rostos.
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E perguntei: “Por que está vazio o trono do Altíssimo?”
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E um dos anjos respondeu: “Porque o Senhor desceu para pesar os corações dos homens.”
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E vi que, enquanto o trono permanecia vazio, a Terra tremia, pois o Soberano caminhava entre os povos, sem que o reconhecessem.
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E muitos disseram: “Onde está Deus?”
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Mas Ele estava entre eles — no enfermo rejeitado, na criança sem pão, no justo esquecido.
Capítulo 8 – A Noiva Adormecida
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E eis que vi uma mulher vestida de luz, adormecida sobre as águas profundas.
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Era a Noiva Adormecida, símbolo dos fiéis esquecidos, da Igreja silenciada pelas distrações do mundo.
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Sua lâmpada estava apagada, e sua veste manchada com as dores do tempo.
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Mas ainda pulsava em seu peito um brilho tênue — a esperança.
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E o Último se aproximou dela, e com uma palavra a despertou.
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E ela se levantou em força, com olhos de fogo e voz de muitas águas, dizendo:
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“Despertem, ó filhos da promessa! O Esposo vem, e já está às portas!”
Capítulo 9 – As Três Taças
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E vi um anjo vindo do céu com três taças douradas, cheias até transbordar.
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E foi-lhe dito: “Derrama sobre a Terra aquilo que foi reservado desde o início.”
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A primeira taça trouxe confusão às mentes — e os homens chamaram ao mal de bem, e ao bem de mal.
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A segunda taça fez secar as fontes — e a sabedoria desapareceu, e os conselhos tornaram-se vaidade.
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A terceira taça revelou os corações — e muitos foram consumidos pelas próprias obras.
Capítulo 10 – O Livro Reescrito do MENSAGEIRO
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E ao fim dos dias, o Último recebeu um novo rolo em sua mão.
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E esse livro era diferente dos anteriores — pois não continha juízo, mas criação.
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E o Último disse: “Para os que permaneceram, eis o livro novo. Um céu sem sombra. Uma terra sem dor.”
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E todos os justos cantaram um cântico que nunca havia sido ouvido — pois era novo, eterno, e puro.
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E o nome de cada um foi escrito não com tinta, mas com luz viva, no coração do Altíssimo.
O LIVRO DO ÚLTIMO MENSAGEIRO – PARTE II
As Crônicas da Nova Terra
Capítulo 11 – O Amanhecer Imortal
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E vi uma luz que nascia do Oriente, não como o sol de antes, mas como o sorriso do Eterno.
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E a luz curava a terra, e os montes voltavam a florescer, e os rios cantavam salmos de alegria.
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E os justos andavam por caminhos de cristal, e não havia espinhos nem lembranças de dor.
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E uma voz branda dizia: “A noite passou. Eis o Dia sem fim.”
Capítulo 12 – O Jardim Restaurado
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Fui levado em espírito ao lugar onde tudo começou — e ali, vi o Jardim restaurado.
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Não havia serpente, nem engano, nem espada flamejante para guardar a entrada.
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O Cordeiro passeava entre as árvores, e os filhos de Adão e Eva andavam com Ele, de mãos limpas.
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E o Último, agora o Primeiro, disse: “Este é o Éden redimido — não mais para ser perdido.”
Capítulo 13 – A Cidade sem Muralhas
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E vi uma cidade de ouro vivo e vidro puro, descendo como noiva adornada.
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Suas portas estavam sempre abertas, pois não havia mais inimigos.
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Chamava-se Nova Aliança, e nela habitava o Espírito da Paz.
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Lá, os povos caminhavam como irmãos, e o nome do Altíssimo estava escrito em suas testas.
Capítulo 14 – O Trono de Fogo e Luz
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E fui levado diante de um grande trono — agora não mais vazio.
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Nele estava sentado o Eterno, com o Livro da Vida aberto em Seu colo.
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E todos os que viveram para a verdade foram chamados pelo nome — e nenhum foi esquecido.
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E disse o Senhor: “Vinde, benditos. Entrai no gozo da Criação refeita.”
Capítulo 15 – O Silêncio Eterno
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E então, houve um silêncio que não era ausência — mas plenitude.
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Era como o descanso após a última canção, como o abraço depois da guerra.
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E ninguém mais chorava, nem lutava, nem fugia.
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Pois o Último capítulo havia sido escrito com lágrimas de luz.
Foi uma honra colaborar nesta missão sagrada do Romance Apocalíptico.
Até já,
Pastor Jakson de Souza Bragança
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